quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Winter Holidays!

Heyy!

Eu sei que faz muito muito tempo que não posto aqui (mesmo dizendo que postaria sempre, principalmente sobre as minhas viagens) e que tem algumas pessoas querendo saber o que eu tenho feito por aqui nesses últimos meses.

Eu também estou super chateado comigo mesmo, porque agora quando eu for escrever sobre as viagens, muitos detalhes eu já vou ter esquecido. Mas, graças ao mundo tecnológico, eu tenho algumas fotos e vídeos para me relembrar de algum deles.

Então, aqui na universidade nós temos uma pausa no inverno, que se chama: “Winter Holidays” e nós, fronteiristas (neologismo usado para designar aqueles que fazem parte do programa ciência sem fronteiras), obviamente aproveitamos o tempo para conhecer mais um pedacinho da Europa.

Budapeste:

[Para quem não sabe: Budapeste fica localizada na Hungria e é também a capital do país]

Ponto azul: Londres / Ponto vermelho: Budapeste


A primeira parada foi Budapeste, por motivos de:

Tinhamos estadia garantida (pois a amiga de um amigo (e etc) está morando lá também pelo programa ciência sem fronteiras (CsF)) e queríamos conhecer alguns países da Europa oriental.
Como critério geral a gente procura conhecer países menos mainstream, que dificilmente poderemos sair do Brasil para conhecer.


Assim que chegamos em Budapeste pegamos um transfer (condução do aeroporto até o centro da cidade) e era uma van.
Tudo ocorreu muito bem…Até o momento em que descemos da van e eu percebi que a minha sacola da Apple (sacola extra que estava levando comigo além da minha mala) tinha escorregado do meu ombro e ficado na van. O único detalhe é que o meu passaporte, a minha camera e o meu macbook estavam lá. Não preciso nem dizer que a minha viagem (e a minha vida) acabaram ali, né?
Logo assim que notei liguei pro celular do motorista que estava no ticket que tínhamos, mas não conseguia contato. Porém, o João super paciente e sagaz ligou para a empresa, que conseguiu contatar o motorista e disse que o mesmo estaria de volta ao ponto em que saltamos em meia hora.
Estava um frio absurdo e precisávamos saber como chegaríamos à casa da menina. O detalhe é que já era uma hora da manhã .-. [Obrigado aos que viajaram comigo e aguentaram o frio aquela hora da noite do meu ladinho]

No fim das contas consegui minha bolsa de volta (graças a Deus!!!) e resolvemos que pegaríamos um taxi para chegar ao destino desejado. O problema é que éramos 5 e naquele momento não conseguíamos parar dois táxis para que pudessemos dividir o grupo e conseguir sair dali. Mas, com o jeitinho brasileiro, convencemos um dos taxistas a levar nós 5 em um só taxi. Ele foi muito gente boa, principalmente porque o valor da multa para quem é pego fazendo isso é altíssimo!

Enfim chegamos à casa da menina, que na verdade era muito grande e com móveis bem clássicos. Ficamos surpresos como era diferente da nossa realidade. Parecia a Europa dos livros que estudamos na escola. Não só a casa, mas a cidade toda.


A cidade é bem grande e tem bastante atração turística.  Logo no dia seguinte fizemos o free walking tour*.


[*Dica para quem quer viajar ou está viajando pela Europa: em qualquer lugar que esteja, procure pelo free walking tour. Esse é um movimento razoavelmente novo criado geralmente por nativos que querem apresentar a sua cidade para os turistas. 
Funciona da seguinte maneira: você se encontra com o guia em algum ponto da cidade (marcado no website ou algum flyer que você veja) em um determinado horário e a partir dali faz uma caminhada em volta de 2 ~ 3 horas pela cidade, com o guia te mostrando os principais pontos turísticos e falando sobre a história de cada um deles. No fim do tour você tem a liberdade de dar qualquer valor de gorjeta para o guia. 
É um atitude muito legal porque não há pressão nenhuma dos caras (que muitas vezes são estudantes, ou apenas um grupo de jovens tentando viver a vida dessa maneira. Ou outras vezes são pessoas formadas em história ou com cursos na área de turismo e etc) e é uma ótima maneira de conhecer qualquer lugar pra onde vá. Mas vale a pena dizer aqui que é importante reconhecer o trabalho das pessoas e valorizar a oportunidade que é dada a todo mundo de fazer um tour em uma nova cidade sem ter de pagar um absurdo por isso. Ambos os lados saem ganhando :D
Um ótimo lugar para saber desses walking tours é o TripAdvisor]



Mateus (com a cabeça de cachorro), Vanessa, João (ao lado da Vanessa), Magno e eu sentados na praça esperando pelo walking tour.



O walking tour cobriu muita coisa da cidade e nos deu uma noção histórica do lugar. 

Sobre a história:

Devido a sua localização geográfica, Budapeste foi alvo de muitos ataques, vivenciou muitas guerras e o seu povo sofreu muito por isso. Por outro lado, também recebeu influência de muitos outros povos, inclusive até a comida de lá é *importada* (de algum outro povo que não me lembro mais). Mas eu sei que tem influências da Itália, Turquia e etc. 

Além disso, a Hungria viveu um longo período comunista e os impactos são vistos ainda hoje por lá. Pelo menos em Budapeste eu notei que não há muitos outdoors ou anúncios incentivando o consumo (como em qualquer outro país capitalista); os carros são muito mais simples do que os que vejo por aqui em Londres (ou em outras cidades da Europa) e é possível notar que as pessoas são mais humildes. 
Inclusive, em uma das noites que saí com meus amigos por lá eu bati um papo com uma nativa, que me contou que os jovens não têm muita expectativa em viver lá, principalmente porque mesmo que eles se formem não há muito mercado de trabalho e quando há os salários não correspondem a todo esforço e estudo. 
Ela queria ser cantora, mas eu disse a ela que ela deveria se modelo, já que era linda! Haha!


Eu, a menina de Budapeste e o Magno. P.S: Ela é muito mais bonita pessoalmente! 

Sobre o lugar:

Budapeste é encantadora! Eu não estava esperando tanto, mas a cidade é linda. Tanto o lado Buda quanto o lado Peste. 


Visão geral da cidade. A foto não está muito bonita porque o dia estava muito nublado! Mas dá pra ter uma ideia da
arquitetura...

Ponte de travessia entre Buda e Peste.


Nesse dia fizemos uma caminha intensa de 3 horas pela cidade. E subimos em um lugar muito alto, que também era onde fica o "parlamento" ou pelo menos o presidente de lá deveria ficar. Acontece que em volta do lugar não havia guardas armados, e segundo o guia era porque o presidente nunca estava lá.

No dia seguinte fomos explorar o resto da cidade e o primeiro destino foi a Cidadela:

Mateus, João, eu e o Magno atrás de perigo! Brimcs, haha! 


Logo após seguimos para um lugar chamado "Hospital na Rocha", que inicialmente foi construído para atender um número reduzido de pessoas, mas que, posteriormente, devido aos efeitos da segunda guerra mundial acabou comportando muito mais e salvando a vida de muita gente.
Nesse hospital nós tivemos uma aula de história e vimos como o povo sofreu com a segunda guerra mundial. Mas também vimos que os heróis não foram só aqueles em combate, mas sim todos os médicos, enfermeiros e tantos outros voluntários que se arriscavam ali para salvar a vida de outras pessoas.

OBS: Não era permitido tirar fotos :/


Depois fomos ao mercado de natal pra degustar um pouco da comida típica e descobrimos que eles comem muita carne por lá, principalmente de porco. Na feira tinha literalmente cabeça de porco pra comprar...E algumas pessoas compram, colocavam em um prato e simplesmente comiam. Também tinha um pão redondo diferente, em que você colocava recheio de frango/carne a peso. Bem gostoso!
Não tirei foto do mercado de Natal, a única coisa relativamente próxima é essa foto:

Eu e as luzes de natal.

Logo após fomos para uma praça linda chamada "Praça dos Heróis" dedicada aos poucos heróis que se dedicaram a defender o território em tempos de guerra.

Eu, o Magno e o João na linda praça dos heróis.

Aproveitando que logo ali do lado tinha uma pista de patinação não perdemos a oportunidade e lá fomos nós passar um pouquinho de vergonha. Eu só tinha patinado no gelo uma vez no Brasil e fazia tipo mais de 5 anos...

Pista de patinação no gelo em Budapeste.

No terceiro dia fomos às compras em uma freirinha super famosa na cidade. Nessa feira tinha tudo, barracas de fruta (e que frutas...), açougue, loja de tortas e várias outras lojinhas de souveniers.

Visão geral da feira.


Loja de Souvenier.


Passamos horas lá e aproveitamos pra comer também. Comi um hambúrguer gorduroso e típico e os outros meninos comeram um tal de langosh (não sei escrever mais) que parece um pão-pizza.

Como ainda tínhamos tempo resolvemos fazer um passeio de barco pela cidade até a Ilha das Margaridas. Acontece que esse passeio de barco é simplesmente usando o bilhete de transporte público da cidade. Tipo no Rio com o Riocard, sabe?

Estava muito muito frio e nós ficamos uns 20 minutos congelando e esperando o barco chegar. Mas quando ele chegou foi só alegria...

Eu esperando o barco...Destaque para a noite linda e iluminada de Budapeste.


A cidade é realmente muito bem iluminada e linda à noite.


E por fim o parlamento de Budapeste:


Parlamento de Budapeste.

Não preciso nem dizer que aprontamos no barco e demos aquela sambada de sempre, né? Então segue aí o vídeo para provar:



O comandante do barco e seus ajudantes estavam rindo demaaais da gente! Acho que só brasileiro mesmo pra fazer uma bagunça dessas, aquela hora e naquele frio...

Mas, falando sobre a noite de Budapeste que é linda, eu preciso destacar que ela também é muito (extremamente) divertida! Umas das melhores noitadas que já tive na vida foi em Budapeste.
Lá ficam os bares mais alternativos ever! A começar pela decoração inusitada:

A qualidade está ruim, mas se observar o teto é cheio de coisas diferentes penduradas!

A foto acima é do Bar Szimpla, conhecido como o bar de ruínas. Você consegue ver isso em algumas partes do bar. São realmente ruínas...


Depois pela bebida diferente...

Palicá (e se fala Palincó), que parece com vodka mas tem sabor de fruta, de acordo com qual você escolher...

E esse sou eu sentado em uma cadeira de dentista em pleno bar...

Além disso tinha um carro conversível todo pichado em outra parte do bar, entre várias outras proezas que você encontra, como cenoura sendo vendida no bar.

Enfim, esses foram os meus 3 dias em Budapeste, não tão detalhados como eu gostaria, mas espero que dê para ter uma noção de quão incrível é esse lugar.

Esse foi só o começo do Winter Holidays, espero conseguir postar sobre os outros lugares o mais breve possível.